Pizza, como a conhecemos hoje, é uma derivação de focaccia (da palavra latina para fogo), pão achatado que é preparado desde a antiguidade em diferentes formas e guarnecido com ervas, azeitonas, gordura, uva passa, mel e nozes.
A palavra pizza em italiano identifica qualquer tipo de pão achatado ou torta – frito ou assado. Embora você possa encontrar muitos tipos de pitas ou pizzas no Mediterrâneo, foi em Nápoles que a pizza na forma que a conhecemos hoje surgiu pela primeira vez, segundo o sos cozinha depois que o tomate apareceu na mesa no século XVIII. Nápoles tem muitos registros de pizza desde cerca do ano 1000; as primeiras menções chamam esses pães achatados de laganae e, posteriormente, são chamados de picea. Naquela época, as pizzas eram temperadas com alho e azeite, ou queijo e anchovas, ou peixinhos locais. Eram assados no fogo aberto e às vezes fechados em dois, como um livro, para formar um calzone.
Em Nápoles é também onde se abriram as primeiras pizzarias, com forno a lenha de tijolos, coberto com pedras de lava do Monte Vesúvio. Os chefs daquela época ignoravam a pizza por ser considerada um alimento de gente pobre, mas a nova combinação com o tomate, quando entrou na cozinha por volta de 1770, deve ter despertado alguma curiosidade, mesmo no palácio real. Ferdinand I Bourbon, Rei de Nápoles, adorou a comida simples do povo e foi provar as pizzas feitas na loja de Antonio Testa. Gostou tanto que queria que a pizza fosse incluída no cardápio da quadra. Ele falhou após a oposição de sua esposa, a rainha Maria Carolina. Seu filho Fernando II também gostava de todo tipo de comida popular e gostava de pizza a ponto de contratar Domenico Testa, filho do já famoso Antonio, para construir um forno de pizza no palácio real de Capodimonte.
A pizza se tornou muito popular, ganhando seu lugar no folclore napolitano. Simples e econômico, virou alimento para todas as pessoas, até vendido nas ruas, como mostram muitas ilustrações da época.
Um famoso episódio estendeu a popularidade da pizza para além dos limites da cidade de Nápoles. Era 1889 e Margherita, rainha da Itália, estava visitando a cidade. Ela foi informada sobre pizza e queria prová-la. Um famoso cozinheiro de nome Don Raffaele, ajudado por sua esposa Donna Rosa, foi convidado a fazer pizza no palácio real. Prepararam três pizzas, típicas da época: uma com queijo e manjericão; um com alho, óleo e tomate; e um com mussarela, manjericão e tomate. A rainha, impressionada com as cores da última pizza, que lembrava a bandeira nacional, preferiu essa. Desde então esta pizza é conhecida como Pizza Margherita, e Don Raffaele é creditado com sua invenção, embora saibamos que já existia há muito tempo.
No início do século passado, com os imigrantes italianos, as primeiras pizzarias surgiram também nos Estados Unidos, onde a pizza se tornou um fenômeno de massa. No entanto, ainda hoje a melhor pizza encontra-se em Nápoles, onde é rigorosamente feita com mussarela de búfala. São consideradas pizzas superiores aquelas obtidas por variações moderadas das mais simples e populares: Pizza Napoletana com tomate, alho, óleo e orégano; Pizza Margherita; Pizza Marinara com tomate, anchovas, alcaparras e azeitonas; e Pizza Four Seasons, dividida em quatro quadrantes, cada um vestido de forma diferente. A pizza com salame quente, a pizza americana de pepperoni, é encontrada na região da Calábria ao sul de Nápoles, onde este tipo de linguiça quente é produzida.